Questões precisamente
relacionadas com o cerne ou a essência de algo (ou alguém) fazem parte de uma
área da Filosofia: a Metafísica. Assim, perguntas como “Quem
sou?”, “O que sou?”, “Sou, hoje, o mesmo de cinco anos atrás?”, “Se mudei, por
qual razão posso, ainda, me considerar a mesma pessoa?”, “O que é o belo?”, “O que é virtude?”,
“O que é bondade?”, “O que é subjetividade?” ilustram bem problemas que podem
ser considerados como metafísicos.
Desse modo, podemos
dizer que a Metafísica é uma forma de
investigação filosófica que faz uso de perguntas do tipo “O que é?”. Aqui cabem
duas observações com respeito ao significado do verbo “ser” da pergunta:
·
Pode significar “existir”. Nesse caso a
pergunta refere-se à realidade;
·
Pode tratar da “essência de alguma coisa”,
daquilo que lhe é próprio por natureza.
A literatura sobre a Metafísica é vasta, mas é possível
destacar alguns de seus pilares:
·
Platão
e Aristóteles (séculos IV e III a.c.);
·
David
Hume
(século XVIII);
·
Kant
(século XVIII);
·
Ontologia
(século XX).
No período de Platão e Aristóteles, a Metafísica
lida basicamente com aquilo que é ou existe, ou seja, com a realidade em si. Constitui
um conhecimento “racional apriorístico”,
isto é, fundamenta-se em conceitos idealizados pelo pensamento humano e não por
dados resultantes de uma experiência sensorial e prática. A Metafísica desse período caracteriza-se,
também, pela separação entre o mundo das aparências e a realidade.
David
Hume
sugere que esses conceitos metafísicos (idealizados) não faziam parte da
realidade externa, isto é, não existiam de fato. Eram apenas rótulos que
designamos às coisas (pessoas) com base em nossos hábitos de associar sensações
à ideias, de modo regular.
Kant
nega a possibilidade de se conhecer a realidade por meio de conceitos da Metafísica. Por isso, propõe que a Metafísica seja o conhecimento da nossa
capacidade de conhecer. Como resultado, não nos referiremos mais ao que existe
em si, mas, de outro modo, àquilo que existe para nós.
Já a Ontologia estuda a essência, seus
sentidos e os diferentes modos como os seres existem, levando em consideração a
linguagem, a intersubjetividade, moral etc.
Essência, aparência,
coisa em si, capacidade de conhecer, admiração, espanto. Afinal: Quem é Wanderlei Silva? Quem é esse excepcional
lutador? É possível conhecer a essência desse ser? Um lutador que é apelidado
de “cachorro louco” e luta melhor
quando sangra? Um lutador que dominou o mundo por seis anos em sua categoria? Que
foi o primeiro brasileiro a trucidar Sakuraba?
Isso mesmo, Sakuraba, aquele que
venceu quatro membros da família Gracie
em seguida? O eterno herói japonês!
Do que é feito Wanderlei Silva? Como se não bastasse, teve, ainda, que provar sua superioridade sobre Sakuraba por mais duas vezes! E de “cachorro louco”, Wanderlei Silva mudou para “the axe murderer”. Mas, será que Wanderlei Silva do Pride é o mesmo de hoje? Aí eu não sei, tenho minhas dúvidas. Essa pergunta também é necessária, mas meu foco está mais para a pergunta “Quem é ele?”. Por que ele é do jeito que é? Brutal, destruidor, um matador nato... Seu instinto está mais para assassino do que para sobrevivência... Para ele, não basta vencer a luta, o inimigo deve ser exterminado!
Do que é feito Wanderlei Silva? Como se não bastasse, teve, ainda, que provar sua superioridade sobre Sakuraba por mais duas vezes! E de “cachorro louco”, Wanderlei Silva mudou para “the axe murderer”. Mas, será que Wanderlei Silva do Pride é o mesmo de hoje? Aí eu não sei, tenho minhas dúvidas. Essa pergunta também é necessária, mas meu foco está mais para a pergunta “Quem é ele?”. Por que ele é do jeito que é? Brutal, destruidor, um matador nato... Seu instinto está mais para assassino do que para sobrevivência... Para ele, não basta vencer a luta, o inimigo deve ser exterminado!