Digo essas coisas porque tem gente por
ai que, basta um lutador ficar famoso para falar que já conhecia há muito o
atleta, que sempre acompanhou sua a carreira e coisas do tipo. Bem, uma vez ou
outra, tudo bem, a gente acredita. Mas quando reproduz esse comportamento ad infinitum, será que o farsante não é capaz
de perceber o próprio engodo?
Mas, voltando ao assunto, a estréia do Kevin Souza, em razão de também não ter criado,
pelo menos em mim, uma grande expectativa, acabou me causando as melhores
impressões. Foi uma surpresa extremamente agradável e bem-vinda!!! Ah! como é
bom rever nossas impressões e percepções sobre algo ou alguém que foi capaz de
nos surpreender e de forma tão positiva!!!
No UFC BH-2, Kevin Souza entrou no lugar de Sam
Sicilia, que teria se machucado, e mostrou para o que veio, aproveitando,
portanto, a oportunidade recebida. Que lutador! E que estilo! Anulou completamente
o Felipe Sertanejo com seu boxe
provocativo a la Jungle Fight, que não tinha aparecido na primeira e única luta que
tinha visto dele. Não respeitou nem um pouco o adversário que já tinha um certo
nome no evento: um transgressor. Adorei a luta e o lutador! Logo pensei: é dos
meus...
Já na sua segunda luta marcada contra o
filipino Mark Eddiva, já esperava bem
mais de Kevin Souza, pelo menos
aquele seu estilo abusado (ou chamem como quiser) que aprendi a admirar nele
que, de alguma forma, me remete a lutadores com Spider Silva e Jon Jones.
Meu amigo! Que luta! Mark Eddiva também não veio para
brincadeira... Que lutão...!!!! Tá louco, meu!!!
Resumo do 1º round:
· Kevin
começa com alguns golpes a linha de cintura;
· Eddiva
solta um chute alto;
· Num
contra-ataque, Eddiva faz um knockdown em Kevin e fica por cima batendo, até Kevin se levantar, faltando 2:27 para o término do round;
· A
partir daí, começa uma verdadeira guerra: Por um lado, Eddiva com seus chutes baixos e, por outro, Kevin com seus diretos e cruzados;
· Eddiva
ainda teve um ou dois bons momentos (em um deles abriu um corte na testa de Kevin que chegou a balançar). Mas, Kevin teve vários bons momentos,
chegando a deixar Eddiva bem atrapalhado
nos últimos segundos do round. Minha
impressão era de que mais uns 10 ou 20 segundos, Eddiva beijaria o chão. A torcida ficou de pé!
A Teoria Do Caos, tão conhecida pela
frase “o bater das asas de uma borboleta
em um ponto do planeta pode provocar um furacão do outro lado do mundo” (já
li várias versões com vários países distintos), retrata bem as características
dinâmicas e determinísticas dessa teoria.
Formalizada por Edward Lorenz em 1963, é uma teoria que ajuda a lidar com problemas
nos quais a instabilidade (que é elemento intrínseco do problema) surge em
decorrência da sensibilidade das
condições iniciais. Assim, os resultados são ditos “instáveis” com relação
às equações dos modelos estimados (seus parâmetros e variáveis), no contexto de
sistemas dinâmicos.
A importância da instabilidade dos
resultados é tamanha que mesmo os sistemas determinísticos, isto é, em sistemas
nos quais as leis de evolução estão muito bem definidas, acabam produzindo
resultados que, na prática, são imprevisíveis ou aleatórios, ainda que esses
sistemas não tenham sofrido perturbações de início. Esses sistemas são aqueles que
são conhecidos como “Caos Determinísticos”.
Nessa área, existe uma gama de pesquisadores que procuram provar exatamente isso, isto é, que o acaso (da Teoria das Probabilidades) não existe, seriam apenas fenômenos descritos por algumas equações não-lineares ou em razão da existência do grande número de interações entre os componentes.
Nessa área, existe uma gama de pesquisadores que procuram provar exatamente isso, isto é, que o acaso (da Teoria das Probabilidades) não existe, seriam apenas fenômenos descritos por algumas equações não-lineares ou em razão da existência do grande número de interações entre os componentes.
Diz a lenda que um nobre e jogador
francês, Chevalier de Méré,
preocupado em não ter seu dinheiro confiscado em alguma autuação “policial” de
sua época, pediu a Pascal ajuda sobre
um problema, que, depois, em cartas com Fermat,
estava formulado da seguinte maneira:
Suponha que existam, ainda, m jogos para que o primeiro jogador ganhe, enquanto que existem n ao segundo jogador, sendo que m e n maiores ou iguais a 1. Se o jogo for interrompido antes do fim, nesse momento, de que maneira deve-se dividir o montante das apostas entre os dois jogadores e de forma mais justa? (A solução foi devidamente alcançada).
Ah! sim, voltemos ao 2º round! O nervosismo
estava a mil!
· Eddiva
volta a soltar uma sequência de chutes baixos, todos bem fortes, quando de
repente solta um chute alto na cabeça de Kevin,
que impressionou;
· Kevin,
agora, começa a se desviar dos chutes de Eddiva
e solta mais as mãos;
· Eddiva
usa os chutes baixos para não deixar Kevin
se aproximar. Mas quando Kevin conseguia se aproximar, os socos tinham endereço
certo;
· Os
chutes de Eddiva eram cada vez mais
freqüentes e mais fortes. E quando pegava, Kevin
parecia acusá-los;
· Kevin
andava ainda mais para frente, só que mais devagar e já sem tanta fluidez;
· Faltando
pouco mais de 1 minuto, uma bom momento para Kevin. O direto não pegou em cheio, mas o cruzado “entrou”;
· Faltando
30 segundos, Kevin iniciou um
verdadeiro bombardeio contra Eddiva;
· Faltando
10 segundos, Herb Dean interrompe a
luta.